Concertos UFRJ

Concertos UFRJ (10/08/2022)

Homenagem aos 60 anos do compositor Liduino Pitombeira

Programa 1

 A Máquina do Mundo – Concerto para Orquestra, Op.196 (2014) foi livremente inspirado no poema “A Máquina do Mundo” de Drummond. Os títulos dos movimentos – Ordem Geométrica, Noturno, Presto e Fremente – originam-se de palavras extraídas do poema e relacionam-se ao caráter e à atmosfera musical da obra. Obra encomendada pela FUNARTE, para a XXI Bienal de Música Brasileira Contemporânea.

 

A obra foi estreada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no dia 10 de outubro de 2015, no concerto de Abertura da XXI Bienal, pela Orquestra Juvenil da Bahia (Neojibá) sob a regência do Maestro Ricardo Castro.

 

Concerto para Piano e Orquestra N.2, Op.210 (2016)

  1. Sério
  2. Dolente
  3. Animado

 

Obra encomendada pela FUNARTE, para a XXII Bienal de Música Brasileira Contemporânea e dedicada à pianista Maria Di Cavalcanti

A obra em três movimentos — Sério, Dolente, Animado —  dedicada à minha esposa, a pianista Maria Di Cavalcanti, é construída a partir de materiais sonoros que se interconectam ora de maneira rigorosamente planejada, ora de maneira livre. O rigor na arquitetura da obra e a complexidade dos materiais se diluem gradualmente à medida em que os movimentos são apresentados, indo de um uso mais sistemático de sonoridades mais densas até um uso mais intuitivo de elementos mais tradicionais.

A obra foi estreada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no dia 23 de outubro de 2017, com a pianista Maria Di Cavalcanti e a Orquestra Sinfônica Nacional da UFF, sob a regência do Maestro Tobias Volkmann.

 

Xingu é uma referência aos povos originários do Brasil. A ideia central dessa peça é o contraste entre dois elementos: 1. Um motivo rítmico que representa os povos nativos; 2. Uma valsa que representa o colonizador. Esses dois elementos estão em constante luta durante todo o primeiro movimento – Festa na Tribo – e são lembrados no final do terceiro movimento. O segundo movimento, A Lua, é uma seção meditativa que invoca a deusa Jacy. O terceiro movimento, A Dança do Velho Pajé, é uma referência a Villalobos, que costumava se chamar de “O índio branco”. O título é uma referência à sua “Dança do Índio Branco” para piano e o movimento começa com uma citação estilística do seu Segundo Quarteto de Cordas.

Essa é uma obra composta no final do século passado, em 1999, quando eu concluía o mestrado em composição da Universidade Estadual de Louisiana, nos Estados Unidos. Ela foi estreada pelo saxofonista grego Athanasios Zervas e o Sinfonietta String Quintet, sob a regência de Dinos Constantinides, que foi meu orientandor de mestrado e doutorado, no dia 24 de setembro de 2001, no Recital Hall da Universidade Estadual de Louisiana, em Baton Rouge.

A versão que ouvimos aqui foi executada pelo saxofonista grego Theophilus Sotiriades e o Quarteto Lutoslawski no dia 12 de dezembro de 2013 na Polônia.