Concertos UFRJ: curadoria PROMUS
No ar há mais de seis anos, Concertos UFRJ passaram a partir a 2016 a contar com a produção do Programa de Pós-Graduação Profissional em Música da UFRJ (PROMUS). Resultado de um convênio da Escola de Música (EM) com a rádio a Roquette Pinto, emissora do governo do estado do Rio de Janeiro, as audições são veiculadas todas as segundas-feiras, no horário das 22h e na sintonia 94.1 FM.
Única experiência do gênero no Rio fora da grade especializada da MEC-FM, a iniciativa se firmou como um espaço privilegiado para a difusão da música de concerto. Através de gravações consagradas e registros exclusivos dos concertos da temporada artística da Escola de Música acabou conquistando um público fiel.
Momento especial
O primeiro programa da série foi transmitido na noite de 2 de agosto de 2010. Desde então foram mais de 300 audições sob a batuta do maestro André Cardoso, regente titular da Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ). Com a mudança de comando, será apresentado por Aloysio Fagerlande – fagotista consagrado, com longa carreira no Brasil e no exterior.
Fagerlande, que atualmente coordena o PROMUS, destaca a importância da parceria para a instituição. Ela acontece, afirma, num momento muito especial, quando o mestrado profissional completa seu primeiro ano de existência.
– Por sua natureza, perfil e objetivos, a pós-graduação profissional é bastante diferente da estritamente acadêmica e a divulgação pela internet, pelas redes sociais ou pela radiodifusão tradicional dos produtos gerados pelo curso é, para nós, fundamental. A parceria com a Roquette Pinto proporciona mais um espaço para veicularmos nossa produção, tanto a criada por docentes, como a de autoria do corpo discente. Podemos atingir com isso um público maior do que aquele que frequenta as salas e espaços destinados à música ao vivo. Os Concertos UFRJ são, assim, uma forma de ampliar nossa interação com a sociedade.
As audições estarão disponíveis no site do PROMUS e no podcast da emissora.
Qualidade
Embora o O PROMUS não se dedique apenas à música de concerto, Fagerlande acredita que o repertório do programa não mudará.
– Estamos abertos a todos os tipos de manifestação musical, dentro do perfil do corpo docente do curso. Nós já superamos a falsa divisão entre música “clássica” ou “popular” – Ernesto Nazareth pode ser tocado tanto por um regional de choro como por um quinteto de sopros. Qualquer obra musical, em uma versão camerística, orquestral ou vocal, poderá ser incluída no repertório do Concertos UFRJ. A qualidade das audições continuará a mesma.
Numa primeira etapa o repertório destacará gravações e CDs de docentes e alunos. A ideia, porém, é ir mais longe. Fagerlande fala com entusiasmo sobre as novidades:
– Vamos começar a gravar apresentações no estúdio da radio, que serão transmitidos no horário do programa. As possibilidades são muito variadas, este é um início muito promissor.