Programa disponibiliza na Internet palestras com especialistas
Antenado aos tempos digitais o Programa de Pós-Graduação Profissional em Música da UFRJ (PROMUS) divulgou na Internet mais de uma dezena de vídeos com depoimentos de especialistas e pesquisadores renomados. Um acervo, que só tende a crescer, de palestras sobre performance, ensino e o mundo do trabalho em música.
A iniciativa integra o curso Fundamentos do Conhecimento em Práticas Interpretativas, ministrado no primeiro semestre da grade curricular, informa Aloysio Fagerlande, coordenador do PROMUS e docente da disciplina.
Os interessados podem consultar o material no podcast do site e no canal do Programa no YouTube.
O PROMUS, aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no final de 2015, com início no ano seguinte, oferece mestrado profissional e tem como objetivo qualificar profissionais para o exercício de práticas avançadas em música. Com foco em artistas, instrumentistas, regentes e cantores, assim como professores de instrumento, regência e canto, é a pós-graduação mais jovem da Escola e Música.
Fagerlande faz questão de destacar a integração das palestras aos objetivos do mestrado.
– Já na elaboração do curso, pensamos uma disciplina coletiva, com o intuito de oferecer a nossos alunos, sem distinção de gêneros, uma visão ampla e contemporânea do mundo do trabalho em música. No primeiro ano colhemos depoimentos de profissionais de destaque em campos como gerenciamento de carreira, administração pública, rádio educativa, projetos sociais e gravação musical. Já este ano a Comissão Deliberativa do PROMUS optou por palestras sobre performance e ensino.
Câmera na mão
As gravações são realizadas com apenas uma câmera e editadas pelo próprio Fagerlande. No ano passado, conta, o Programa adquiriu, com verbas da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2), um computador melhor, o que tornou o trabalho mais rápido.
– Além do professor Pedro Bittencourt, que divide comigo a disciplina, alunos ajudam na filmagem. Apesar de toda a revolução tecnológica, continuamos – diz, com humor – seguindo a máxima do cinema novo: “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”.
Para o docente, o resultado é positivo e o esforço compensador.
– O material estará sempre à disposição dos alunos, como fonte para pesquisas aplicadas. Além disso, é um repositório do conhecimento gerado por nossos convidados e fonte de democratização do acesso ao conhecimento. Um acervo significativo de contribuições para o debate de questões relevantes do mundo da música, conclui.
Palestras disponíveis
Cristiano Alves e Daniel Guedes, A preparação de um recital.
Eduardo Monteiro, A gravação e perspectivas para o registro de áudio e Preparação para a gravação.
Henrique Cazes, Pixinguinha: fluência e improviso.
João Guilherme Ripper, O músico e a administração.
Julio Zucca, A carreira de músico no cenário da música independente.
Lucas Robatto, Formatação de trabalhos.
Marcelo Brissac, Perspectivas da radiodifusão.
Marcio Selles, Projetos sociais em música.
Mauricio Carrilho, Acari Records, Escola Portátil de Choro e a Casa do Choro: relato de experiências.
Miriam Grosman, Aspectos da performance no classicismo.
Paula da Matta, Aspectos da performance no romantismo.
Roberto de Regina, Regina na XIII Semana do Cravo.
Rodrigo Cicchelli, Música electroacústica ou mista.
Turíbio Santos, O artista e a academia.